O relatório da OCDE Promoting Good Mental Health in Children and Young Adults (Abril 2025) alerta que o bem-estar psicológico de crianças e jovens na Europa/Espaço Económico Europeu está a deteriorar-se, com aumentos significativos na prevalência de ansiedade, depressão e sintomas de desgaste mental desde 2018, especialmente entre adolescentes.
Destaca-se que muitos desses problemas passam despercebidos ou não tratados, e que sintomas ligeiros ou moderados, se não forem abordados cedo, têm grande probabilidade de evoluir para condições mais graves.
O estudo identifica diversos fatores responsáveis por este declínio: isolamento social, uso excessivo de redes sociais, a pandemia de COVID-19, crises climáticas e falta de suporte em contexto escolar, familiar e comunitário.
Para responder a esta crise, são apresentadas 11 práticas consideradas eficazes, que abrangem intervenções em escolas, formação para professores, pais e agentes de saúde, acesso facilitado a apoios psicológicos, programas entre pares, e iniciativas de prevenção ao suicídio.
Exemplos concretos incluem programas como Zippy’s Friends, This is Me, @Ease, reformas belgas que permitem consultas psicológicas gratuitas, ou iniciativas de deteção precoce de depressão pós-parto. Os autores destacam que políticas nacionais e planos de ação existem em muitos países, mas a implementação ainda é desigual: em sectores-chave como educação, saúde primária e ambientes de trabalho jovem, há muitas lacunas.
As recomendações finais incluem aumentar a capacidade de prestação de serviços de saúde mental, criar intervenções de base comunitária, promover literacia em saúde mental e combater o estigma, além de adaptar as práticas ao contexto local e assegurar financiamento sustentável.
O relatório relembra que investir na saúde mental de crianças e jovens não é apenas uma questão de bem-estar, mas também de futuro económico, educativo e social: prevenir hoje reduz custos de tratamento e perdas de produtividade no longo prazo.
Consulte relatório aqui. here.
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