Os projetos desempenham um papel transformador nas organizações, moldando tanto as suas práticas como as suas relações com a comunidade. Os projetos não respondem apenas a necessidades sociais, reforçam também o propósito e a identidade das organizações, assim como o seu vínculo com os beneficiários e o incremento da sua legitimidade institucional (Mertens, 2009).

Contudo, construir e gerir projetos envolve um conjunto de desafios específicos que acompanham todo o seu ciclo de vida. Assim, desde a fase da sua redação, é necessário um conhecimento profundo das realidades contextuais, garantindo que os objetivos sejam realistas e estejam alinhados com as necessidades dos grupos-alvo (Kuenkel, 2015). Esta ação requer um diagnóstico inicial abrangente, inclusivo e participativo (Pawson & Tilley, 1997), em ordem a permitir o conhecimento pleno dos desafios decorrentes do todo o processo.